Graça e Paz a todos!
Tenho observado que o "meio musical gospel" tem crescido relativamente, isso porque muitas gravadoras consideradas seculares acabaram sendo incentivadas pelos consumidores a abrirem "alas" de artistas gospel. Entendo que há interesse das duas partes. Como cristão o interesse deve ser o de levar o amor de Cristo através das canções, pregando as boas novas e aplicando ensinamentos (porque não?), já o interesse da gravadora é puramente comercial, afinal ninguém trabalha de graça (e não deve mesmo trabalhar).
Tenho percebido também, e acho que deve ser por conta desse "novo espaço" que os artistas ganharam, uma grande quantidade de "lixo gospel" tem sido comercializada. Deve ser por causa da pressão comercial que a gravadora tem e também por certa ganância de todos os envolvidos nos CDs.
Vejo exemplos claros de "artistas/levitas/cantores" que deslancharam com alguns álbuns e cerca de um ano lançaram outro álbum com péssima qualidade, refrões super batidos, e CDs totalmente repetitivos. Esse tipo de coisa não acontece só com gravadoras "seculares" não, reparo (não sei se é só eu que acho isso) que gravadoras ditas "gospel" também usam dessas artimanhas para alavancar as vendas ou então deixar esse artista/levita/cantor ainda mais em alta.
E a qualidade onde fica? E a verdade do que se canta?
Me decepcionei ao comprar o CD da Bruna Karla pós "Advogado Fiel", que tem seus méritos. O CD "Aceito teu chamado" só tem uma música, homônima, que me tocou, este é um exemplo, senti isso também nos CDs da Jamilly, da Damares e afins, que insistem em acordes remixados, que eu chamo de Itunes. Tenho a impressão de que tudo foi feito às pressas, sem muito planejamento, sem respeitar a vontade de Deus (opinião minha ok?).
Uma das cantoras que admiro é Ana Paula Valadão, que chegou a ser chamada de centralizadora em uma entrevista concedida á Marília Gabriela, porque Ana Paula tem sim o atributo de líder do grupo Diante do Trono (há 16 anos inclusive), Ana Paula diz (espero piamente que seja assim mesmo) que a escolha deve ser direcionada por Deus, ela como líder tem esse dever de esperar se for preciso e de escolher quais canções entram no CD, como será a gravação, e todo o processo deve passar pela sua inspeção, já que segundo ela, está buscando o que Deus quer que seja feito.
Os resultados todos podemos enxergar: as gravações do DT são sempre superadas, as canções marcam gerações e mexem sim com nosso sentimental e principalmente com o espiritual. Ou seja, eu consigo ver o propósito nesse grupo, não é como os outros trocando seus dons por dinheiro e exigências da gravadora.
Ao assinar contrato com a Som Livre Ana Paula pôde abrir as portas para diversos cantores e atrair a atenção das principais gravadoras do país para o meio gospel, em uma entrevista Ana deixa bem claro quais foram as exigências dela no contrato, como não fazer nada que não queira, como inspecionar tudo, e ter o poder de decisão de todo o repertório. Assim a gravadora ficava impossibilitada de mandar/mudar o propósito do grupo. (obs: O DT saiu da gravadora em 2014)
Eu interpreto essa atitude como " de cantor gospel não se brinca", creio que o primeiro mandamento dos cantores gospel deveria ser: "deve-se cantar com motivo maior do que lucrar".
Uma coisa exemplifica tudo o que expressei: o "fracasso" do Festival Promessas do ano passado, a falta de espiritualidade e a promoção do Show Gospel.
Acredito que todo mundo pode errar um dia, e que até mesmo o DT pôde ter dado alguns deslises, mas SEMPRE haverá uma chance de recomeçar.
Esse texto é uma opinião pessoal - portanto não expressa a opinião de todos os autores do blog - tem a ver com meu senso de observação, visão de mundo e senso crítico, posso sim estar equivocado com algumas observações expressas e mudar de opinião algum dia. E vocês concordam com o que disse, qual sua opinião?
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